quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Notícia - Alemanha


Alemanha tem mais de 9000 neonazistas e 'skinheads'


BERLIM - Os neonazistas e os "skinheads" ("carecas") encontraram no desamparo da antiga República Democrática Alemã (RDA) um terreno ideal para arrebanhar recrutas em meio aos jovens. Segundo a Central de Proteção da Constituição (um órgão de informação interna do governo de Berlim), os cinco Estados regionais da antiga Alemanha do Leste, que correspondem a cerca de 21% da população alemã atual, abrigam mais da metade da população de "cabeças raspadas" recenseada em todo o país.É a província da Renania, ao Norte da Vestfália, a mais povoada do país, que detém o triste recorde de atos de violência extremista. Entretanto, quando esse números são comparados com o tamanho da população, o Leste é o grande vencedor: em média, são 2,19 agressões de estrangeiros e incêndios criminosos anti-semitas para cada 100 000 pessoas na ex-RDA em 1999, com um coeficiente máximo de 3 em Saxônia-Anhalt, contra 0,68 nas províncias do Oeste.O desemprego, que atinge em certas zonas de deserto industrial mais de 25% da população, contra menos de 10% em escala nacional, em nada colabora para melhorar a situação. Todavia, o mal-estar parece ter suas raízes num plano mais profundo. A ditadura que imperou por tantos anos na Alemanha Oriental deixou marcas nas mentalidades, algo que só o passar de novas gerações pode apagar. "A RDA era um Estado forte que impunha uma ordem absolta", explica o deputado europeu neocomunista Andre Brie, no diário "Berliner Zeitung". A obediência à autoridade, o respeito da hierarquia e a nostalgia de um mundo sem surpresa oferecem, segundo ele, um adubo ideal para o crescimento do neonazismo.

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